segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

FLUENCE GT LINE 2.0 16V

Inspirada na série Dynamique, versão com apelo esportivo empolga no visual e no conforto, mas sai mais cara que um Civic LXR...


Renault Fluence GT Line 2016 (Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem)
Lembra da série com visual esportivo do Fluence? Ela está de volta na linha reestilizada do sedã. Só não misture as coisas. Estamos falando do GT Line e não do GT, com motor 2.0 turbo de 180 cv e câmbio manual de seis marchas. Esta, segundo a Renault, ainda não tem planos de retornar.
Sob o capô, o GT Line, que chega às lojas em meados de agosto a partir de R$ 79.490 (sua base de equipamentos é a configuração de entrada, Dynamique CVT), traz o 2.0 flex de até 143 cv encontrado no três volumes "normal". 
Na aparência, destaque para o spoiler integrado ao para-choque, moldura prateada nos faróis de neblina, saídas de ar, saias laterais e rodas de 17 polegadas com desenho exclusivo. Por dentro, há um filete vermelho no aplique black piano do painel e costuras de mesma cor no volante e nos bancos de couro. O nome da versão está estampado nos encostos de cabeça e na tampa do porta malas. Confira se o sedã da Renault vale a compra.
Impressões ao volante
Embora a esportividade não se aplique à mecânica, o GT Line satisfaz em espaço e conforto. Além do ótimo acabamento, ele é extremamente silencioso, exceto quando o motorista pisa fundo no acelerador. O câmbio CVT, capaz de simular seis marchas, favorece a agilidade, mas faz o propulsor berrar alto. As suspensões do Fluence não são das melhores – o sedã pula bastante quando passa pelas irregularidades no solo, mas nada que incomode muito.
Renault Fluence GT Line 2016 (Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem)
O sedã atende bem o motorista que busca espaço e conforto. É fácil fazer uma viagem longa com o modelo, já que os bancos parecem abraçar o condutor. O senão fica para a queda do teto, que continua a reduzir o espaço disponível para as cabeças dos passageiros traseiros. Quem tem mais de 1,80 metro se sentirá apertado. O porta-malas, por sua vez, é gigantesco e leva 530 litros.
Desempenho e consumo são razoáveis. Nos testes, o sedã levou 10,6 segundos para chegar a 100 km/h – 0,3 s a menos que o "primo" Nissan Sentra, como comparação. Com etanol, ele faz 7,8 km/l na cidade e 11 km/l na estrada.
Como toda a gama Fluence, a nova central multimídia R-Link com tela sensível ao toque de 7 polegadas não é nada interativa. No alto do painel, o sistema fica longe das mãos do condutor, que também pode acessar a tela através de um seletor -  que, da mesma forma, não é nada intuitivo. 
Custo-benefício
Por R$ 79.490, a lista de equipamentos do GT Line é farta, exceto por um item bem importante: controles de tração e estabilidade. De série, todos os modelos da linha Fluence trazem ar-condicionado digital dual zone, direção elétrica, trio elétrico (vidros um-toque para todos), volante ajustável em altura e profundidade, controle de cruzeiro e sistema de som CD/MP3 com comandos satélite.
Renault Fluence GT Line 2016 (Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem)
A versão com visual esportivo ganha airbags laterais, bancos de couro, câmera de ré, central multimídia, chave presencial, comandos no volante, farol de neblina, GPS, teto solar, sensor de ré e rodas de liga leve. A garantia é de três anos, a cesta de peças custa salgados R$ 6.018 e as revisões R$ 1.374 .
Vale a compra?
Não. O rival Honda Civic 2.0 LXR sai mais barato (R$ 78.400) e traz itens de série importantes como controle de tração e estabilidade e assistente de partida em rampa. Apesar de não ter o teto-solar de série e de o câmbio não ser um CVT (ainda), o Honda é mais negócio do que a versão do Fluence avaliada nesta matéria. Outro rival que vale mais a pena do que o Fluence GT Line é o Nissan Sentra SV, que custa R$ 75.990. Com câmbio CVT, o modelo tem motor 2.0 16V de 140 cv de potência a 3.100 giros e 20 kgfm a 4.800 rpm.
Renault Fluence GT Line 2016 (Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem)
Ficha Técnica
Motor: Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V, comando duplo, flex
Cilindrada: 1.997 cm³
Potência: 140/143 cv a 6.000 rpm
Torque: 19,9/20,3 kgfm a 3.750 rpm
Transmissão: Automático do tipo CVT, tração dianteira
Suspensão: Independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira
Freios: Discos ventilados na frente e discos sólidos atrás
Pneus: 205/55 R17
Dimensões: Comprimento 4,620 m; Largura 1,810 m; Altura 1,470 m e entre-eixos 2,700 m
Capacidades: Tanque 60 l; Porta-malas 530 l (aferidos por Autoesporte)
Peso: 1.372 kg
Números de teste
Aceleração 0-100 km/h: 10,6 segundos
Aceleração 0-400 m: 17,6 s
Aceleração 0-1.000 m: 32,1 s
Velocidade a 1.000 m: 163,2 km/h
Retomada 40-80 km/h (3ª marcha): 5,2 s
Retomada 60-100 km/h (4ª marcha): 6,3 s
Retomada 80-120 km/h (5ª marcha): 7,8 s
Frenagem 100-0 km/h: 39,4 metros
Frenagem 80-0 km/h: 24,9 m
Frenagem 60-0 km/h: 13,9 m
Consumo: 7,8 km/ (cidade) e 11 km/l (estrada)
Média: 9,4 km/l
FONTE: REVISTA AUTO ESPORTE

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