Conheça as mudanças entre a versão esportiva e a topo de linha do hatch
A intenção da Renault ao lançar o Sandero RS foi de injetar esportividade de verdade no hatch, que sempre foi mais conhecido por sua praticidade. Mas muita gente pensa que a nova versão do Sandero só ficou com visual agressivo e não traz mudanças reais. Não é nada disso, como você pode conferir na lista de principais diferenças que preparamos sobre as duas versões.
Desempenho
Pode parecer óbvio, mas não é. Muitas marcas apostam apenas no visual pra chamar seus modelos de esportivo. Não é o caso da Renault (pelo menos não neste caso). O Sandero RS tem um motor 2.0 de 145/150 cv a 5.750 rpm e 20,9 kgfm de torque a 4.000 giros e câmbio manual de seis marchas. O Sandero “convencional” topo de linha (Dynamique) tem motor 1.6 de 98/106 cv e 15,5 kgfm de torque com câmbio automatizado ou manual de cinco marchas, menos preciso do que o do RS.
Isso quer dizer que o esportivo tem 44 cv e 5,4 kgfm de torque a mais do que o Sanderotradicional. Isso faz com que o Sandero RS vá de 0 a 100 km/h em 8 segundos, enquanto oSandero normal leve 12,2 segundos. Com 1.161 kg, o RS é 86 kg mais pesado do que o modelo convencional. A relação peso/potência fica em 7,7 kg/cv, bem inferior aos 10,1 kg/cv do Sandero 1.6.
Com isso, a arrancada até os 100 km/h é cumprida em 8,6 segundos, 0,6 s acima do divulgado, mas ainda assim 3,5 segundos mais rápido que o modelo convencional. O câmbio de relações curtinhas ajuda também a retomar rapidamente. De 60 a 100 km/h em quarta marcha são gastos 5,5 segundos.
Segurança
Além de mais potente, o Sandero RS ficou mais seguro. Foram adicionados controles eletrônicos de estabilidade (ESP) e de tração, outra novidade inédita na linha. Para ajudar nas saídas, também há o assistente de partida em rampas, que não existe no modelo tradicional. Também foram adicionados grandes freios a disco ventilados de 280 mm na dianteira e 240 mm na traseira. Junto com os pneus Continental Sport Contact 3 205/45 R17 (185/65 aro 15 no Sandero Dynamique), o sistema de freios ajudou o Sandero RS a estancar de 80 a 0 km/h em apenas 25 metros, enquanto o Sandero 1.6 marcou nada elogiáveis 29 metros na mesma prova.
Suspensão
A suspensão ganhou molas 92% mais duras na dianteira e 10% na traseira, além de amortecedores com buchas de poliuretano e ângulo de cáster mais fechado. Isso explica o fato dele não embicar em frenagens pesadas, ao mesmo passo que a inserção em curva é bem mais precisa do que no Sandero. Claro que a rodagem é de esportivo, o RS não engole buracos com a mesma facilidade do Sandero.
Visual
Além de ter ficado 2,6 centímetros mais perto do solo, o Sandero RS ganhou detalhes metalizados no para-choque, escape duplo com silenciador de menor restrição, imitação de extrator traseiro, rodas de liga leve de 16 polegadas e um spoiler cinco centímetros maior do que o do Sandero convencional, que gera até 25 kg de downforce acima dos 150 km/h e filetes de luzes diurnas de LED na dianteira.
Acabamento
Nível de acabamento é uma das principais diferenças dos irmão. O interior conta ainda com detalhes vermelhos por todas as partes. A sigla RS vem inscrita nos bancos e no volante e o velocímetro é um pouco mais claro, como em outros esportivos da divisão. O volante é o mesmo do Clio RS europeu, com raio 1 cm menor e pegada e assistência perfeitos. Os bancos também agradam muito e dão uma posição melhor de direção, mesmo que a coluna de direção seja ajustável apenas em altura. O senão dos bancos mais parrudos é a perda de um pouco de vão para as pernas dos passageiros traseiros.
Itens de série
O Sandero RS vem de série com ar-condicionado digital, central multimídia NAV, sensor de estacionamento traseiro, além de trio elétrico, computador de bordo e os já citados controles eletrônicos, direção elétrica, entre outros. Tudo isso para justificar o papel de versão mais cara da linha.
Em comparação ao Sandero Dynamique, oSandero RS ganhou: CD MP3 com conexão USB, auxiliar e bluetooth, rodas de liga leve de 16 polegadas, retrovisor externo preto brilhante, direção eletro-hidráulica, sistema multimídia Media NAV Evolution com tela sensível ao toque de sete polegadas e navegação GPS e limpador do vidro traseiro.
Modos de direção
Há três modos de direção no Sandero RS. O convencional prega pela economia até no indicador de troca de marchas e deixa as respostas da central do motor mais suaves, além de manter o ESP acionado. Ao apertar o botão apenas uma vez, o Sport também não desliga por completo o assistente, mas altera o mapa do motor para respostas mais brutas, indica regimes de troca mais esportivos e o ronco fica mais encorpado. Para desligar tudo no Sport, basta manter o dedo no botão por alguns segundos.
Consumo
O consumo de combustível, claro, também muda. O hatch faz, na versão tradicional, 9,2 km/l na cidade e 11,3 km/l na estrada. A versão RS faz R$ 7,1 km/l no trecho urbano e 9,5 km/l no trecho rodoviário, com medições feitas por nós.
Preço
É aqui que toda a diferença chega ao bolso. A versão topo de linha do Sandero, a Dynamique, é vendida por R$ 47,650. Já a versão Sandero RS é R$ 11.230 mais cara - sai por R$ 58.880. O preço é alto para um hatch da categoria, mas para quem procura esportividade de verdade nesta faixa de preço, o modelo não trai o investimento.
BÔNUS: o que Sandero RS poderia ter, mas não tem...
O Sandero RS ficou devendo um upgrade realmente europeu em alguns itens. Faltam múltiplos airbags, algo ainda não contemplado pelos Renault vendidos por aqui abaixo doFluence. Sem falar nos defeitos ainda compartilhados com o Sandero. Fazem falta detalhes importantes como aplicação de tecido nas portas e banco traseiro bipartido. Afinal, a vida não é feita só de dias para acelerar na pista. O volante também poderia ficar mais leve em manobras e o painel poderia ter menos plástico de baixa qualidade. Os vidros não contam com função um toque.
FONTE: AUTO ESPORTE
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